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Tomara que agora Salve!
ResponderExcluirAcordo sobre o clima não aponta soluções para a crise
Começa hoje (06/12) o “alto nível” das negociações da Conferência do Clima realizada em Cancún, no México. Enquanto movimentos sociais e ambientalistas clamam por outro modelo econômico, diplomatas tentam salvar o Protocolo de Kyoto.
Esta é a última semana da Cúpula do Clima e começam chegar os chefes de estado para os ajustes finais. O presidente Lula desistiu de participar e será representado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O Brasil pode cumprir um papel importante para “destravar” as negociações. Há muitos impasses porque o período de compromisso para redução de emissões do Protocolo de Kyoto termina em 2012.
Agora, países ricos como o Japão não querem assumir novos compromissos. O problema é que os Estados Unidos, país que mais polui, não está obrigada a diminuir o ritmo de poluição porque não assinou o protocolo. As outras nações ricas não querem perder vantagens econômicas diante deste quadro.
Assim como na Conferência sobre Biodiversidade, realizada em outubro em Nagoya, no Japão, o debate oficial se dá apenas no viés econômico. E mais: os grandes grupos transnacionais se esforçam para transformar a Cúpula do Clima em um encontro de negócios.
No domingo, o presidente mexicano Felipe Calderón abriu o evento Green Solutions (Soluções Verdes). Disse a uma platéia de executivos de grandes empresas privadas que é falso o dilema entre desenvolvimento econômico e aquecimento global.
Os movimentos sociais e ambientalistas reunidos em Cancún questionam, justamente, o modelo de desenvolvimento econômico das transnacionais e dos países ricos.
Mesmo isolados do lugar onde acontecem as negociações, o que dificulta protestos, cerca de 60 organizações ambientalistas assinam a declaração do evento paralelo Klima Forum. Eles afirmam que “existe um desastre climático, mas não uma mudança climática”.
Com o trocadilho querem dizer que governos não mudaram sua maneira de lidar com a crise do clima. Continuam no discurso meramente econômico, preferindo soluções de mercado a tocar na raiz dos problemas.
Diz a declaração: “Para fazer frente ao desastre climático, é primordial a eliminação da maior parte do consumo dos países poderosos, especialmente Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França, Itália e Japão devido a responsabilidade histórica que têm na geração do desastre climático”.