terça-feira, 17 de maio de 2011

Mais sobre o relatório do INPE

Relatório sobre "Riscos das Mudanças Climáticas no Brasil" mostra impactos na Amazônia

O aumento na temperatura e o decréscimo das chuvas na Amazônia acima da variação global média esperada é uma das principais conclusões do relatório final do projeto “Riscos das Mudanças Climáticas no Brasil”, divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Met Office Hadley Centre (MOHC). O documento é resultado de três anos de trabalho de pesquisadores do Reino Unido e do Brasil, com financiamento da Embaixada Britânica.


inpe


Os estudos mostram a importância da Amazônia para o clima global e como provedora de serviços ambientais para o Brasil. O objetivo do projeto é subsidiar os formuladores de políticas com evidências científicas das mudanças climáticas e de seus possíveis impactos no Brasil, na América do Sul e em nível global.


“A experiência do MOHC do Reino Unido, líder mundial em modelagem climática, aliada à experiência do INPE em estudos sobre mudanças climáticas na América do Sul, possibilitou a identificação de possíveis cenários e impactos, com projeções inovadoras dos efeitos das mudanças climáticas antrópicas na região”, afirmou José Marengo, pesquisador do INPE que coordenou o projeto no Brasil.

O projeto utilizou um conjunto de modelos globais e regionais desenvolvidos pelo MOHC e pelo Centro de Ciência do Sistema Terrestre do INPE para projetar os efeitos das emissões de gases de efeito estufa no clima do mundo todo e fornecer mais detalhes sobre o Brasil. Embora as projeções abranjam todo o país, o foco do relatório se concentra na Amazônia, área de preocupação nacional, regional e mundial.

O documento está dividido em duas seções: a primeira fornece o contexto para o trabalho; a segunda detalha a nova ciência levada a cabo e antecipa avanços científicos importantes para o planejamento e a política.


O projeto “Riscos das Mudanças Climáticas no Brasil” foi criado pelo Fundo para Programas Estratégicos do Governo do Reino Unido, antigo Global Opportunity Fund (GOF). O trabalho terá continuidade como parte do programa científico do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT para Mudanças Climáticas) e da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede CLIMA), sediados no INPE.


A íntegra do relatório está disponível no site do INPE: http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/relatorioport.pdf
 
Por: Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Saiu no "O Globo"

Mudanças climáticas podem reduzir chuvas na Amazônia em até 41% em 2080

Publicada em 10/05/2011 às 18h20m
O Globo
A ocorrência de duas secas (2005 e 2010) e uma enchente (2009) nos últimos cinco anos na Amazônia é motivo de preocupação mundial, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Met Office, órgão de meteorologia do governo britânico. No documento "Riscos das Mudanças Climáticas do Brasil", seus pesquisadores analisam projeções para as próximas décadas na maior floresta tropical do mundo.
O relatório destaca a possibilidade de que, até 2040, seja iniciado um processo de savanização no leste da Amazônia, área de fronteira agrícola. Esta seca da floresta avançaria aos poucos para a frente ocidental do bioma.
A falta de chuvas da Amazônia poderia prejudicar também outros biomas, como o Pantanal e a Caatinga - embora a pluviosidade destas regiões também se deva a frentes frias, entre outros fatores. A ligação entre locais, porém, ainda precisa ser definida por novos estudos.
O aumento da temperatura global acarretará em menos chuvas na Amazônia. Resta, porém, saber qual será a dimensão do impacto. Se a temperatura do mundo aumentar 1,8º C até 2080, a precipitação pluviométrica do bioma diminuirá apenas 11%. Se, no entanto, o mundo ficar 6,2º C mais quente, a Amazônia perderá 41% de suas chuvas.
Os eventos extremos - grandes tempestades e estiagens - também ficarão mais comuns. Uma seca como a de 2005 ocorre, em média, apenas uma vez a cada duas décadas. Em 2025, porém, este fenômeno pode se repetir uma vez a cada dois anos.
O impacto econômico destes eventos também precisa ser melhor pesquisado. O transporte de grãos, por exemplo, é um dos primeiros a ser prejudicado. Mas há uma série de efeitos indiretos, como a maior vulnerabilidade da vegetação e registros mais numerosos de doenças respiratórias, em decorrência do ar seco.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/05/10/mudancas-climaticas-podem-reduzir-chuvas-na-amazonia-em-ate-41-em-2080-924428886.asp#ixzz1MeyU388W

Semana d@migrante de 2011 do Serviço Pastoral dos Migrantes

A Semana do Migrante de 2011 abordará o tema  ”Migrações e mudanças climáticas: o que temos a ver com isso?”. Os preparativos já se iniciam em todo o país.
O tema escolhido lida com um tema extremamente atual. As mudanças climáticas produzem deslocamentos em todo o planeta, que devem aumentar nas próximas décadas. Quais são os desafios que se colocam para as pastorais e os migrantes?
Para preparar as celebrações da Semana do Migrante, utilize o material preparado pelo SPM:
- texto para os círculos bíblicos.
Fique atento no blog do SPM para mais notícias sobre a Semana do Migrante e a programação de cada cidade!

sábado, 7 de maio de 2011

Compas,

novamente frente a otro grande evento: Durban!  Este documento nascio en Dakar. Com el lio en que estamos como movimentos sociales globales, nada como tener un documento comum que nos oriente en campo politico de las articulaciones.
por favor leer y enviar sugerencias, comentarios etc.   
abraços besos
Sandra Quintela



***REMINDER***

Dear Friends, If you would like to support the Climate Justice Statement of Unity from the 2011 WSF in Dakar, please send me your endorsement by 6 May. The call is attached in English, Spanish, French and Portuguese. In solidarity, Nicola


Dear friends and colleagues:
Please find attached the Climate Justice Statement of Unity that is the result of a series of workshops and discussions held during the 2011 World Social Forum in Dakar, culminating in the climate justice convergence assembly.
The aim of this statement is to help the climate justice movement consolidate post-Cancun and serve as a basis of unity as we mobilise towards the UNFCCC COP17 in Durban in 2011 and the Rio+20 in Rio de Janeiro in 2012.
Over one hundred people representing all continents and a diversity of movements contributed to the text and proposals, and there was strong consensus on the key elements.
We invite organisations present at the convergence assembly to send their organizational endorsements to Nicola Bullard at n.bullard@focusweb.org by 6 May 2011.
After this first step has been finalised, the statement will be widely distributed to gather support from organisations that were not present in the convergence assembly in Dakar.
Many thanks,
La Via Campesina, Friends of the Earth International, ATTAC France, Jubilee South, Grassroots Global Justice Alliance, Focus on the Global South, Timberwatch Coalition, Indigenous Environmental Network and FASE.

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ES
Estimados/as amigos/as y colegas:

En adjunto podrán encontrar la Declaración de Unidad de la Justicia Climática que es el resultado de varias discusiones mantenidas durante el Foro Social Mundial 2011 de Dakar, incluyendo la asamblea “Por un movimiento de justicia climática a nivel local y nacional así como también internacional en el camino hacia Durban”. Las organizaciones que firman la declaración están buscando el apoyo de las organizaciones presentes en esa asamblea.

El objetivo de esta declaración es acordar un texto que ayude a consolidar el movimiento por la justicia climática pos-Cancún y que sirva como base de unidad a medida que nos movilizamos hacia la COP17 de la CMNUCC en Durban en 2011 y la Río+20 en Río de Janeiro en 2012.

Más de cien personas en representación de todos los continentes y diferentes movimientos contribuyeron con el texto y las propuestas, y hubo consenso en los componentes clave de la declaración.

Este es el primer paso del proceso para solicitar apoyo. El segundo será un pedido abierto para apoyar la declaración.

Por favor, las organizaciones presentes en la asamblea de convergencia envíen el apoyo de su organización a Nicola Bullard n.bullard@focusweb.org antes del 6 de mayo de 2011.

Muchas gracias,

La Vía Campesina, Amigos de la Tierra Internacional, ATTAC Francia, Jubileo Sur, Grassroots Global Justice Alliance, Focus on the Global South, Timberwatch Coalition, Indigenous Environmental Network y FASE.

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FR
Cher(e)s ami(e)s,
Vous trouverez dans le fichier attaché la déclaration unitaire pour la « Justice Climatique » qui est le résultat de la série d’ateliers et de discussions qui ont eu lieu pendant le Forum Social Mondial de 2011 à Dakar et qui ont été conclus dans l’assemblée de convergence pour la justice climatique.
Le but de cette déclaration est d’aider à consolider le mouvement pour la Justice Climatique après Cancun et de servir comme base unitaire pour nos mobilisations pour la 17ème COP de Durban fin 2011 et Rio+20  en 2012 à Rio de Janeiro.
Plus de 100 personnes venant de tous les continents et représentants des mouvements très divers ont contribué à ce texte et à ces propositions, et il y eu un consensus très fort sur les questions clés.
Nous invitons les organisations qui étaient présentes à l’assemblée de convergence de soutenir cette déclaration en envoyant la signature de leur organisation à Nicola Bullard n.bullard@focusweb.org avant le 6 mai 2011.
Après cette première étape la déclaration sera envoyée largement pour qu’elle puisse être signée par des organisations qui n’auraient pas été présentes à l’assemblée de convergence de Dakar.
Fraternellement,
La Via Campesina, Amis de la terre – international, ATTAC France, Jubilee Sud, Grassroot Global Justice Alliance, Focus on the Global South, Timberwatch Coalition, Indigenous Environmental Network, FASE

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PT
Car@s Amig@s e Colegas:
Por favor encontrem em anexo a DECLARAÇÃO DE UNIDADE POR JUSTIÇA CLIMÁTICA, a qual é o resultado de uma serie de oficinas e debates realizados durante o Fórum Social Mundial 2011 em Dakar, culminando com a Assembléia de Convergência por Justiça Climática.

O objetivo desta declaração é acordar um texto que nos ajude na consolidação do Movimento por Justiça Climática depois de Cancun e servir de base de unidade a medida em que nos mobilizamos este ano em direção a COP 17 da CQNUMC em Durban no final do ano e a Rio+20 no Rio de Janeiro em 2012.

Mais de 100 pessoas, representando todos os continentes e uma diversidade de movimentos, contribuíram para o texto e propostas, e houve um forte consenso em torno de questões-chave.

Nós convidamos as organizações presentes na Assembléia de Convergência a enviar o endosso a declaração para Nicola Bullard n.bullard@focusweb.org até 6 de maio de 2011.

Depois que este passo esteja finalizado, a declaração será amplamente distribuída para ganhar apoio e adesão também de organizações que não estiveram presentes em Dakar.

Obrigado,

Via Campesina, Amigos da Terra Internacional, Jubileu Sul, Grassroots Global Justice Alliance, Focus on the Global South, Timberwatch Coalition, Indigenous Environmental Network e FASE.

Caderno sobre REDD - por Camila Moreno

Está agora disponível para download, e em anexo, a versão eletrônica da publicação que saiu pelo IHU Idéias no mês passado e que faz parte, ainda, da minha contribuição como NAT - Amigos da Terra Brasil e da posição crítica que - juntos - construímos e assumimos sobre REDD nos últimos anos neste coletivo.
Este texto é resultado de uma entrevista que respondi em janeiro de 2011 sobre o que aconteceu na COP 16 en Cancún com relação ao REDD, em especial às manifestações da sociedade civil, mas também sobre o novo paradigma de conservação que está sendo colocado para a sociedade: REDD é uma forma de Pagamento por Serviços Ambientais e este é um tema central à nova "economia verde" e as inovações e contradições da acumulação.
Espero que sirva como contribuição ao debate.
abraços,
Camila