quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MULHERES E A CONSCIENCIA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS


Um dos primeiros estudos em profundidade sobre a forma como homens e mulheres pensam a mudança climática indica que, cientificamente, as mulheres estão mais preocupadas e concordam mais com os avisos alarmantes.
Apesar de a percepção comum ser de que os homens são mais alfabetizados cientificamente, isso não se mostrou verdade.
Os pesquisadores analisaram dados de oito anos de levantamentos ambientais anuais, que continham perguntas bastante básicas sobre alterações climáticas, incluindo o tempo de aquecimento global (se já começou ou não), suas causas (mudanças no ambiente natural ou induzidas pelo homem), e sobre o consenso (se concorda com os cientistas que o aquecimento global está acontecendo ou não).
Os resultados mostram que as mulheres são mais propensas que os homens a apoiar o consenso científico sobre a realidade do aquecimento global causado por humanos.
As mulheres também têm um conhecimento ligeiramente maior das alterações climáticas do que os homens – concordando que a sua influência já pode ser vista, que é causado pelo homem e que os cientistas pensam que já está ocorrendo. As mulheres são também ligeiramente mais preocupadas com o aquecimento global do que os homens.
Segundo os pesquisadores, esta diferença pode ter variadas implicações importantes. Pode significar que mulheres são mais propensas a comprar aparelhos eficientes em termos energéticos e veículos híbridos do que os homens, ou que votam para candidatos políticos diferentes. E será que elas conversam com seus filhos de maneira diferente sobre o aquecimento global?
Essas são apenas suposições da forma como isso afeta a vida de ambos os sexos, mas tais questões ainda devem ser respondidas.
Os pesquisadores afirmaram que a diferença de pensamento e preocupação entre homens e mulheres sobre a mudança climática não pode ser explicada pelo papel que eles desempenham – como ser uma dona de casa, um pai, ou empregados em tempo integral.
Em vez disso, a divisão é mais provável explicada pelas características que as pessoas aprendem como parte de seu gênero. A masculinidade é associada ao descolamento, controle e domínio, enquanto a feminilidade é associada ao apego, empatia e cuidado. Tais traços femininos podem tornar mais fácil para as mulheres sentir preocupação com as consequências potencialmente desastrosas do aquecimento global. [LiveScience]

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Jornal Mulier de BH tem seu nº 84 sobre o tema: mulheres estão se tornando agentes da paz e de mudanças após catástrofes.

Um excelente material com reflexões sobre a epidemia da violência contra as mulheres durante as guerras e desastres naturais. Uma bela reflexão também sobre as mulheres snesses tempos de mudanças climáticas por várias razões.

Quem quiser conferir ou pedir pode passar e-mails para jrmulier@bol.com.br e jornalmulier@gmail.com

BELO MONTE

MPF/PA: condicionantes para autorizar Belo Monte não foram cumpridas
Procuradores vão analisar Licença emitida hoje pelo Ibama, mas em vistoria de dezembro já constataram que a região não foi preparada para os impactos da obra

O Ministério Público Federal ainda não teve acesso ao documento integral em que o Ibama autorizou, hoje, o início das obras da hidrelétrica de Belo Monte. A hipótese de uma nova ação judicial, no entanto, não está descartada, já que os procuradores que acompanham o caso haviam recomendado expressamente ao Ibama para evitar fragmentação das licenças na tentativa de apressar o licenciamento.

A recomendação, emitida em novembro do ano passado, dizia ao então presidente do Instituto para se abster de “emitir qualquer licença, em especial a de Instalação, prévia ou definitiva, do empreendimento denominado AHE Belo Monte, enquanto as questões relativas às condicionantes da Licença Prévia 342/2010 não forem definitivamente resolvidas de acordo com o previsto”.

Após a recomendação, em dezembro, técnicos do MPF foram até o local onde deve ser construído o canteiro de obras e constataram que as condicionantes exigidas pela Licença Prévia não foram cumpridas. “Até agora,  a maioria das condicionantes encontra-se, se não no marco zero, muito aquém do previsto”, disseram os procuradores.

“Precisamos ainda avaliar o teor dessa permissão. Mas é fato que, ao conceder licença para a instalação física da obra sem o cumprimento das condicionantes o Ibama está colocando a região em alto risco social e ambiental. Não houve nenhuma preparação estrutural para receber operários e máquinas e, muito menos, para a população que será atraída pelo empreendimento, sem chance de ser aproveitadas na obra, direta ou indiretamente. Estamos muito preocupados com o que pode acontecer”, declarou hoje o procurador da República no Pará Ubiratan Cazetta ao saber da concessão da licença.

Existem estimativas extra-oficiais de que o simples anúncio da obra em 2010 já atraiu cerca de 8 mil pessoas em busca de emprego para a cidade de Altamira, a maior da região. A atração populacional pode causar um colapso nos já precários sistemas de abastecimento, saneamento, saúde e educação.

É para evitar esse tipo de colapso que a legislação brasileira determina rigor no rito de licenciamento ambiental: o empreendimento só é considerado viável se cumprir uma série de condições e só após o cumprimento dessas condições é concedida a permissão de instalação. No caso de Belo Monte, são 40 condicionantes impostas pelo próprio Ibama para que projeto tenha viabilidade social e ambiental.

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
Fones: (91) 3299-0148 / 3299-0177
E-mail: ascom@prpa.mpf.gov.br

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O combate ao desmatamento....

Combate ao desmatamento deveria ser mais abrangente, diz pesquisa Brasil - 24/01/2011
Os esforços mundiais contra o desmatamento deveriam dar mais ênfase às causas subjacentes do problema, como a demanda por produtos agrícolas e biocombustíveis, em vez de focar quase exclusivamente no uso das árvores para o combate à mudança climática, como faz a Organização das Nações Unidas (ONU).  A afirmação está em um estudo divulgado nesta segunda-feira (24).
O relatório da União Internacional das Organizações de Pesquisa Florestal (Lufro, na sigla em inglês) diz que houve progresso limitado na proteção de florestas nas últimas décadas.  Dados da ONU mostram que, entre 2000 e 2009, 13 milhões de hectares - tamanho aproximado da Grécia - foram desmatados por ano.
"Nossas conclusões sugerem que ignorar o impacto das florestas sobre setores como agricultura e energia irão condenar quaisquer novos esforços internacionais cuja meta seja conservar as florestas e desacelerar a mudança climática", disse Jeremy Rayner, professor da Universidade de Saskatchewan, que presidiu o painel da Lufro.
O desmatamento responde por cerca de 10 % de todas as emissões de gases do efeito estufa por atividades humanas.  As árvores absorvem carbono ao crescerem, mas liberam gases ao serem queimadas ou apodrecerem.  O estudo da Lufro diz que o maior problema é que o desmatamento, seja na Amazônia ou no Congo, costuma ser causado por pressões econômicas muito distantes.
A Lufro cobrou políticas de "complexidade abrangente", como a educação dos consumidores e auxílio a povos indígenas, em vez de usar somente um mecanismo de "tamanho único", como o armazenamento de carbono.  O texto elogia medidas como as emendas na Lei Lacey, nos Estados Unidos, que proíbem a importação de madeira extraída irregularmente, e as novas regras brasileiras para a preservação da Amazônia.
O relatório da Lufro será lançado oficialmente nesta semana em evento da ONU que marca o início do Ano Internacional das Florestas.  No ano passado, na Conferência do Clima em Cancún, no México, quase 200 países decidiram ampliar seus esforços de proteção florestal, por meio da elaboração de preços para o carbono armazenado em árvores, entre outras medidas.
Os autores do estudo da Lufro disseram que o plano da ONU, conhecido como Redd+, é promissor.  "Nossa preocupação é que não seja suficiente", disse Benjamin Cashore, da Universidade Yale, um dos autores do trabalho.
Fonte:OCTA

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tragédia no Rio é o maior desastre natural em número de mortes no país

13/01/2011 - 21h26

Tragédia no Rio é o maior desastre natural em número de mortes no país

Publicidade
 
NANCY DUTRA
DE SÃO PAULO
O temporal que atingiu a região serrana do Rio nos últimos dias já é o maior desastre natural no país envolvendo chuvas.
Teresópolis libera lista de mortos; veja nomes
Dilma diz que região vive "momento dramático"
Aquecimento global faz garoa virar temporal
Leia relatos dos estragos causados pela chuva
Saiba como fazer doações
Veja imagens dos estragos no Rio
Leia cobertura sobre as chuvas no RJ
O número de mortes ultrapassou as que foram registradas no município de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, em março de 1967.
Na ocasião, foram contabilizadas 436 mortes em decorrência de fortes tempestades e deslizamentos de terra --condições semelhantes às das cidades no Rio nesta semana.
De acordo com a professora Luci Hidalgo Nunes, doutora do Departamento de Geografia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), os dados sobre o episódio são estimados por conta das dificuldades, à época, para localizar os corpos.
Mesmo assim, segundo a professora, é possível afirmar que o desastre no Rio é a maior do Brasil.
As mortes também superam as das enchentes de 1966 e 1967 no mesmo Estado.
O Rio sofre com os efeitos das tempestades desde 1700, de acordo com registros de jornais na época.
Nunes cita relatos de 1711 sobre inundações e de 1756 de fortes chuvas e ventos com vítimas.
Para a professora da Unicamp, a tendência é o número de mortes continue aumentando caso os moradores de áreas de risco não sejam retirados de duas casas. "As chuvas vão continuar. A dimensão do desastre é que é inaceitável."
CASOS RECENTES
O número de mortes na região serrana do Rio já supera, em muito, outras tragédias recentes provocadas por temporais.
Em abril do ano passado, o morro do Bumba, em Niterói (região metropolitana do Rio), construído sobre um antigo lixão, desabou após fortes chuvas. Mais de 50 pessoas morreram no local. Em todo o Estado, as vítimas da chuva chegaram a pelo menos 256.
No fim de 2008, os temporais que atingiram Santa Catarina provocaram a morte de 135 pessoas. As mortes, porém, foram confirmadas mais de um mês após o Estado começar a receber chuvas intensas.

Estudo destaca a relevância econômica da mudança do clima

Estudo destaca a relevância econômica da mudança do clima

cchange

Frankfurt / Genebra / Nairobi / Bonn 12 de janeiro de 2011 - A atual disponibilidade e o acesso à informação sobre mudança climática continua a ser insuficiente, tanto na estrutura quanto na qualidade, afirmam líderes de algumas das maiores instituições financeiras. Um estudo pioneiro lançado hoje confirma a crescente relevância das alterações climáticas na economia, ratifica, também, a necessidade de informação sobre os impactos físicos e econômicos das mudanças dos padrões climáticos globais.

O relatório, patrocinado pelo Ministério Federal de Educação e Pesquisa da Alemanha, apresenta os resultados de uma pesquisa internacional realizada pelo Grupo de Trabalho sobre Mudanças Climáticas (CCWG), Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP FI) e Instituto de Negócios Sustentáveis (SBI). Mais de 60 instituições, tanto de países desenvolvidos quando em desenvolimento, participaram da pesquisa.

Prestadores de serviços financeiros e seus clientes são cada vez mais atingidos pelos impactos das mudanças climáticas. Além disso, a pesquisa mostra que seguradoras, financeiras e gestores confiam no aumento de tais riscos no futuro.

Visto que as instituições financeiras são capazes de influenciar seus clientes e investidores em todos os setores da economia, elas podem, dessa forma, desempenhar um papel fundamental na aceleração da implementação de medidas de adaptação do setor privado.

No entanto, para que o setor lide da maneira mais apropriada com os riscos climáticos que afetam os negócios e para melhor aconselhar seus clientes, as instituições financeiras precisam ter acesso à informação aplicada, tais como previsões climáticas, análises e interpretações. Esses dados devem ser adequados à duração dos contratos, às regiões onde os clientes detêm ativos ou realizam operações, e à análise de riscos que servirá de base para os investidores, credores e assegurados.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

crise mundial de alimentos e mudanças climáticas

Ontem no jornal nacional passou uma notícia referindo à crise internacional de produção de alimentos, a alta dos preços, principalmente em decorrência das mudanças climáticas em todos os continentes.
A FAO tem o relatório. Devemos nos informar melhor sobre esses dados, pois com certeza as mulheres terão que administrar mais essa crise internacional.

Vamos pesquisar?